Troca de casa: quando o destino escolhe você
Troca de casa: quando o destino escolhe você
02 nov 18Você conhece o esquema. Assim que sabemos a data das próximas férias, definimos o destino e começamos a captar informações para construir a programação dos dias de folga.
Nosso projeto de férias familiar foi assim até que entrei para um clube de troca de casa há 3 anos. Aliás, parte do meu interesse foi exatamente visitar Londres e outros grandes destinos pelo mundo.
Para nossa felicidade, os planos iniciais não deram certo até hoje. Esse tipo de clube passa longe da fórmula tradicional de férias. Eu brinco que é como um namoro. Posso até me interessar por um destino, mas isso não significa que ele vai me querer. O contrário também é verdadeiro.
Primeira troca de casa
Enquanto disparava mensagens de proposta para trocar de casa com os tais destinos, recebi um convite de Boise, Idaho, Estados Unidos. Minha reação imediata: Que lugar é esse? Onde fica? Será?
Eu também fiquei surpresa por alguém “de Boise” se interessar em vir para Londrina. Como teriam me achado? Amigos estranharam o novo destino. O que você vai fazer lá? Família ficou preocupada com a ousadia no formato das férias, ainda mais levando crianças. Não é perigoso?
O tempo proposto pela família americana encaixava perfeitamente e nossos parceiros já eram experientes. Além disso, era um casal com filhas na idade dos nossos. Ficamos animados e assim começou nossa jornada no universo de trocas de casa. Vambora para o Idaho!
Aprendizados
O destino foi generoso. Já ouviu dizer que quanto mais se espera de uma cidade, pior é a experiência? Então, nossa expectativa era bem baixa, então, fomos surpreendidos em praticamente tudo que fizemos.
Primeiro, perdemos o medo de trocar de casa nas férias. Tudo aquilo que você deve estar sentindo sobre uma viagem assim cai por terra na primeira vez. Eu garanto. Viver temporariamente como um morador local é mil vezes melhor do que é mostrado no filme “O amor não tira férias”.
Segundo, os novos vizinhos foram super receptivos. Foi no chalé de montanha dessa família onde passamos o primeiro Ano Novo com 18 graus negativos. Conhecemos também uma família de brasileiros que já são amigos para sempre. Nós chegamos até a frequentar uma igreja e fazer amizades por lá também!
Último, mas nem menos importante: aprendemos que destinos desconhecidos podem, sim, proporcionar excelentes experiências. Ouso afirmar que, quanto menos turístico ele for, melhor será a sua interação com os moradores do lugar. Não é isso que queremos de uma imersão cultural?
O destino é o mundo
Desde nossa primeira experiência bem sucedida, já se foram outras três: uma troca de casa com Vancouver (Canadá), uma troca de casa por pontos em Whistler (Canadá) e uma troca de hospitalidade com uma família francesa.
Eu me tornei embaixadora do clube Home Exchange e entrei para outros dois clubes: Guest to Guest e Sabbatical Homes. Expandi as filiações porque estamos considerando a possibilidade de fazer uma troca mais longa. Talvez seis meses.
O saldo dos mais de 500 contatos feitos através dos clubes é incrível. Já trocamos mensagens com famílias de 38 países. Entre eles, muitos destinos bem menos procurados para viajar com crianças como China, Costa Rica, Croácia, Hong Kong, Hungria, Islândia, Madagascar, Malta, Cingapura e Vietnã. Além disso, temos uma coluna especial sobre intercâmbio de casas aqui no blog.
Conselho
Coloque de lado o receio (natural) de começar a viajar assim. Os outros cuidarão tão bem da nossa casa quanto a gente vai cuidar da deles. O risco de um problema de segurança ou dano nas “nossas coisas” é mínimo. Mal intencionados não têm tempo a perder preenchendo cadastros.
Apesar da propaganda de alguns sites de locação que prometem a experiência de “viver como um morador local”, eu garanto que trocar de casa é o mais próximo possível de viver esse conceito. Aliás, a gente também troca de carro, de vizinho, de dicas, de brinquedos, de acessórios, de pet, e tudo mais que você negociar.
Vambora sair de férias viajando de uma forma diferente? Você e seus filhos vão amar cada momento vivido na casa dos outros. Por um breve tempo, você até vai sentir que sempre morou naquele lugar.
—
Este artigo faz parte da primeira revista brasileira online sobre o assunto. Saiba como você pode ler os outros 35 artigos exclusivos escritos para a Revista Viagens com Filhos. O download é gratuito.
Tags: troca de casa
Adoro essas suas experiências! Acredito que seja incrível essa oportunidade de viver temporariamente como um local ao inves de “apenas” turistar!
Tem sido isso mesmo: incrível.
Adri, sensacional essa matéria!!! Que vontade de experimentar essa troca de casas!!!
Primeiro passo: cadastrar sua casa em um clube! rs
Acho essa experiência de turismo em família “super advanced” kkkk Achei uma das matérias mais legais da revista!
oi Cintia. Curti o “super advanced” rs
Achei esta experiencia incrível!!! Muito inspiradora esta matéria!
Muito Legal, Adriana! Esta sua experiência é inspiradora! Cada vez que leio, fico com vontade de tentar! Quem sabe um dia!
beijos
Pati
Adriana! Que vontade que deu de trocar de casa também! Amei saber um pouco mais sobre a sua experiência… Que lugares lindos que vocês puderam conhecer como locais! A revista ficou show! Beijos, da Família Pezinho na Estrada
Excelente artigo, adorei ler seu post.