Greenwich: a Inglaterra que dominava os mares

Greenwich: a Inglaterra que dominava os mares

15 abr 14

Muitos visitantes associam este lugar ao sul de Londres com o excelente Museu Marítimo que tem entrada franca ou ainda com o Meridiano de Greenwich, sonhando com a famosa foto com um pé no hoje e um pé no amanhã.

As atrações aqui vão muito além dos lugares acima citados. Estar em Greenwich é como entrar no túnel do tempo quando a Inglaterra era considerada a “Rainha dos Mares”. Além disso, há também a sensação de estar no interior, fora de Londres.

Um outro motivo para separar um dia no roteiro é que Greenwich faz parte do Patrimônio Mundial daUNESCO. Isto significa fazer parte de uma seleta lista de novecentos e tantos lugares no mundo que representam “valor incomparável para a humanidade”.

Greenwich é uma das razões pelas quais sempre quero visitar a capital britânica. Pelo fato de ter residido bem próximo daqui, sinto-me um pouco em casa e à vontade para sugerir que você separe um dia inteirinho no seu roteiro.

Minha sugestão é começar pelo rio e terminar lá no alto do parque onde está o observatório. E já fica a dica que uma das coisas boas de Greenwich é fazer várias atrações no mesmo dia somente caminhando, sem necessidade de se preocupar com o transporte público.

Como chegar

Começamos pelo Rio Tâmisa. Chegamos de DLR (Docklands Light Railway), o trem de superfície sem motorista que atende esta parte de Londres. É uma opção interessante para quem não conhece e oferece vistas bem bacanas da região.

Entretanto, sugiro que você chegue aqui de barco, o que cria um clima para as atrações náuticas que você verá depois. Uma das empresas que faz o percurso é a Thames Clippers que vende tickets partindo do píer da London Eye até o píer de Greenwich por £6.50.

Pela manhã

Logo próximo da margem do Tâmisa há dois passeios bacanas: visitar o Cutty Sark e besbilhotar o mercado local.

O barco é um tesouro preservado da época em que a Inglaterra trazia chá do oriente.  Está ancorado em doca seca desde 1954 e a entrada é paga. É adequado para crianças maiores que curtam navios. Abre diariamente a partir das 10h.

O mercado, que começou como uma feira de antiguidades, agora abriga moda, artesanato, beleza e decoração, além das comidinhas típicas de lugares assim. Encontramos até pastel do Brasil! Ele é pequeno, mas diferente pela variedade de produtos locais. Não deixe de visitar e comprar algo. Aberto de terça a domingo a partir das 10h.

Almoço

Há inúmeras opções para uma refeição. Sugiro uma caminhada rio acima até um pub chamado Cutty Sark. As vistas são bacanas e, mesmo revitalizado, dá para imaginar os barcos que circulavam aqui no passado.

Outras opções mais turísticas e consequentemente mais cheias são o The Gipsy Moth (bem do lado do barco) e o The Trafalgar Tavern (de frente para o Tâmisa).

Se quiser fugir dos pubs, sugiro o italiano do Jamie Oliver sobre o qual já publicamos. Excelente oportunidade para experimentar a fama desse consagrado chef de cozinha inglês.

Começo da tarde

Termine a refeição e zarpe para o National Maritime Museum, o maior museu do mundo nessa categoria. Atração imperdível e gratuita. O lugar é recheado de histórias de batalhas navais e de inúmeros marinheiros e exploradores famosos. Na medida do possível é bem interativo e há atividades específicas para crianças. Aberto todos os dias a partir das 10h.

Se der tempo (duvido), a família pode visitar a Queen´s House. Trata-se de um palácio de 1616 que atualmente abriga coleções de arte. Passeio gratuito que é praticamente anexo ao museu marítimo. Também aberto diariamente a partir das 10h.

Neste vídeo você pode ter uma ideia do que é o Maritime Museum e a Queen´s House.

Lanche (chá?) da tarde

Há pelo menos 3 opções bacanas. Primeiramente a boa cafeteria do Museu Marítimo que fica ao lado da entrada.

Se o tempo estiver bom, uma segunda opção é fazer um picnic no gramado do parque com gostosuras compradas na deli do Jamie Oliver ou no Mercado de Greenwich. Saiba que este parque de mais de 700 mil m² é um dos mais antigos da cidade. Ele foi aberto anos antes do descobrimento do Brasil! Vale a pena estender a toalha por aqui.

Uma terceira opção é tomar um autêntico chá inglês no Pavilion Tea House que está localizado no alto do parque, depois do observatório, no caminho para Blackheath.

Final de tarde

Está visitando Londres com crianças? Dependendo da idade, sugiro um tempo de brincadeira no excelente playground do parque que fica na parte de baixo do parque. Há vários brinquedos, bancos e espaço para fazer o picnic. Há atrativos para os pequenos e para crianças maiores.

A segunda sugestão é visitar o Observatório Real que fica no alto do parque. É aqui que passa o Meridiano de Greenwich, longitude “0”. Para fazer a famosa foto com um pé lá e outro cá você tem que pagar. A entrada é gratuita somente no Astronomy Centre. Aqui no Royal Observatory também está hospedado o único planetário da cidade. Prato cheio para famílias amantes das horas e dos planetas. A partir das 10h.

Se você quer levar uma foto memorável da família, aqui em cima é o lugar. Ao fundo a vista é para o Canary Wharf e outros tantos prédios que povoam a região conhecida como Docklands (outro lugar na região que eu adoro!).

Dicas finais

Não é necessário fazer reserva para nenhuma das atividades, porém, para aproveitar melhor sugiro que evite dias de chuva e não vá na segunda-feira quando a feirinha não funciona.

Se você viajar no inverno, lembre-se que o parque fecha ao entardecer e que nessa estação isto significa em torno de 4 da tarde.

Uma última e importante dica: não deixe de passar pelo Discover Greenwich Visitor Center que fica no Colégio Real Naval, pertinho do Cutty Sark. Além das dicas turísticas, há exposições bem interessantes e uma loja de souvenir com produtos diferenciados.

Aliás, diferenciado também é o Colégio Naval que foi projetado pelo mega famoso arquiteto Sir Christofer Wren, o mesmo da St Paul´s Cathedral.

Imperdível, como tudo mais em Greenwich!