Toc, toc, quem é? É o frio!

Toc, toc, quem é? É o frio!

25 jul 12

Depois que tive filhos fiquei com a sensação que tenho que aprender a fazer as malas do zero. O que é engraçado para os adultos pode ser bem irritante para uma criança.

A história é a seguinte.

Estávamos nos organizando para visitar los hermanos. Fiz a tal lição de casa: consultei a previsão do tempo e também a amiga que reside há anos na capital portenha. Fiz a mala com tudo o que tinha direito.

Mas, nos dias que antecederam a viagem fui acometida de um ataque de “redução de peso” e enxuguei ao máximo a tralha. Fiquei com vergonha de levar muita coisa, afinal, já bastavam 4 malas sem alça para nosso amigo hermano buscar no aeroporto de Buenos Aires. Enxuguei e enxuguei.

E que vergonha passei. Esfriou muito, nublou e, pior de tudo, ventou. Ventava sem parar. Não dava para deixar os pequenos sem um gorro. O chapeuzinho para os passeios no sol não ficava na cabeça. Saiam voando, literalmente.

Perguntas do marido: Trouxe gorro? Tem uma capinha de chuva com capuz para cortar o vento na mala? Humm, não.

Preguntas de los hermanos: Ni siquiera un sombrero para los ninõs? Un capucha? No, lamentablemente.

E assim foi que minha providencial amiga arrumou roupa dos filhos para acudir a viajante despreparada. É fato que muito do que se esquece em casa pode ser comprado no destino mas, neste caso, não cabiam no orçamento, nem na agenda apertada de 5 dias.

Aprendi mais uma lição! Se não for alto verão no destino, as malas das crianças terão: conjuntinho térmico, meias grossas e capinha de chuva.

E lá vai uma propaganda gratuita para o fabricante. Seu filho tem conjunto térmico da Lion? Não? Ele ainda vai ter um. Se esfriar, é só colocar por baixo da roupa, é fininho, fácil de lavar no banho, seca rápido. Se não estiver frio demais, serve como um pijaminha. É um  curinga em viagem com crianças.

Só não siga meu mau exemplo de deixar o conjunto em casa.