10 diferenças dos restaurantes americanos

10 diferenças dos restaurantes americanos

07 out 12
10 diferenças dos restaurantes americanos

Já fizemos muitas viagens para os EUA durante as quais frequentamos restaurantes somente em caso de “emergência”. O motivo? Economizar para gastar com outras coisas, de passeios a compras. Sobrevivemos aos fast food, não ficamos doentes nenhuma vez e durante um bom tempo mantivemos nosso ranking pessoal de tacos, sanduíches e batata frita.

Chegaram nossos filhotes e passamos a investir mais dólares na gastronomia para poder oferecer uma alimentação melhor também durante a viagem. Caso você não saiba, refeições saudáveis nos EUA significam mais dólares!

Desde então, temos usado a conhecida estratégia dupla de “uma boa refeição em restaurante + uma refeição de lanches/congelados no hotel ou em rede fast food” por dia. Os restaurantes em questão são os chamados de sit-down restaurants, ou seja, os restaurantes americanos com serviço na mesa.

Pensando na nossa experiência em cada um deles, montamos este post que mostra o quanto são diferentes dos nossos no Brasil. E aproveitamos o assunto para falar também sobre algumas vantagens infantis neste “investimento”.

 

1) Horário:

Prepare-se para jantar mais cedo. Alguns restaurantes abrem para jantar às 16 horas. Não é erro de digitação, 4 da tarde! E consequentemente, fecham bem mais cedo também, alguns entre 21 e 22 horas. E não tem jeitinho, a cozinha não vai te esperar.

 

2) Espera:

É praticamente regra a presença de uma pessoa (hostess ou host) próxima da porta que vai te fazer 3 perguntas… Em quantos estão (how many in your party?), se tem criança ou não no grupo (how many children?) e se precisa de cadeirinha (high chair?). É ela que vai levar você até a mesa. Aqui não tem timidez, se a localização da mesa não agradar, indique outra de sua preferência. E se você entrar em um restaurante e não souber onde está a hostess, procure uma plaquinha escrito “please wait to be seated” e fique ali aguardando.

 

3) Menu infantil:

Um dos motivos para a atendente perguntar sobre o número de crianças é que cada uma delas recebe um cardápio individual com as opções de pratos para os que têm até 10-11 anos. Infelizmente não tem nada muito saudável na maioria deles, mas acaba sendo uma boa pedir pelo menos uma das opções pelos valores cobrados.

 

4) Crayons:

Ahh, o salvador da pátria, o giz de cera. O menu infantil geralmente também é um papel com desenhos para colorir. E nunca, nunquinha é necessário ter seu próprio estojo porque cada criança recebe um kitzinho com 4 crayons para colorir que podem ser levados para casa. E olha que eles ficam mal acostumados e exigentes quando retornam para o Brasil.

 

5) Seu garçon:

Muitas vezes você já é informado pela hostess o nome de quem vai te atender. Como ela já deixou o cardápio sobre a mesa, a gente vai escolhendo os pratos antes da chegada do garçom. A primeira coisa que ele vai te perguntar é sobre drinks e também é ele que vai te falar sobre os specials of the day, que seriam nossos pratos do dia. Da entrada à sobremesa, você permanece com o mesmo garçom que geralmente vem até a mesa várias vezes perguntando se está tudo OK.

 

6) Água:

Outra prática comum nos EUA. Servir água “torneiral”, com muuuuito gelo, para todos na mesa. Não é água mineral, é de torneira mesmo (tap water) e por este motivo, obviamente, não é cobrada. Se faz questão de mineral (bottled water), deve pedir do cardápio. E falando em bebida, uma dica para a questão das crianças: muitos dos copinhos (sempre com tampa e canudo) podem ser levados. Aproveite o benefício, é menos stress para fazer os pequenos terminarem a bebida. Se não pediram do menu infantil, sem problemas também, poucos restaurantes se importam em fornecer os copinhos para compartilhar a bebida dos papais. E não cobram por isso.

 

7) Pão e manteiga:

Ele vem muitas vezes junto com a água e geralmente o pão está quentinho e a manteiga no ponto perfeito para derreter. Não depende do prato que você vai pedir. E nunca aconteceu conosco de ser cobrado.

 

8) Dividir pratos:

As porções são gigantescas e marinheiros de primeira viagem levam tempo até entender quantos pratos pedir. Geralmente uma entrada (starter) dá para 2 ou 3 pessoas e um prato principal (entrée) pode servir um adulto e uma criança. Eles não se importam em mandar pratos e talheres extras para as porções serem compartilhadas na mesa, mas se você quiser que já venha da cozinha dividido, pode ser cobrada uma taxa.

 

9) Gorjeta:

Ela não vem automaticamente na conta. Deve ser acrescentada no final de próprio punho no campo gratuity, seja escrevendo no slip do cartão de crédito ou dando em dinheiro para o garçom. O valor deve ser entre 15% e 20%. E funciona assim: somente não se dá gorjeta se o garçom derrubou “chafé” fervendo sobre você. Tentar dar um “jeitinho brasileiro” e acrescentar 10% significa o mesmo que dizer para o garçom que ele foi péssimo. Outra questão importante nos EUA é que os garçons recebem um valor bem baixo por hora, algo em torno de 3 a 6 dólares, dependendo do estado. Eles contam com a gratuity como a maior parte do salário. Ah, e detalhe importante: para grupos de 6 ou mais pessoas a gratuity já vem acrescentada na conta automaticamente. Fique atento!

 

10) Embrulhar para levar:

Aqui entra a praticidade dos americanos. Muitos garçons até oferecem as caixinhas quanto recolhem os pratos e verificam que sobrou demais. Não precisa ficar tímido, se não oferecerem, você pode pedir e levar tudo, tudinho que sobrou, até o pão! E não há taxa alguma de “descartáveis”.

 

Fazer uma refeição em um sit-down restaurant não é barato. O custo pode ser 3 a 4 vezes a conta de um fast food, e até mais dependendo do seu nível de exigência. Seja por causa das crianças ou por seu próprio desejo, uma pausa nos passeios em um lugar onde há serviço de qualidade na mesa e se desfruta de ar-condicionado, banheiros limpos e pintura infantil não poderia mesmo custar uma bagatela.

E uma última dica: a praticidade americana também está do lado de fora. Os cardápios estão disponíveis no hall de entrada para quem quer checar as opções e preços antes de sentar, ooops, quero dizer, assustar!

 

 

7 comments

  1. totalmente verdade. concordei com tudo!

  2. Hugo

    Olá Adriana, eu tava pesquisando Diário de Viagem e encontrei seu blog. Apesar do enfoque que eu queria não ser este abordado por você adorei sua maneira de expor a realidade dos restaurantes, descendo às minúcias das gorjetas, e tudo com muito bom humor! Parabéns, e “adelante” com sua missão esclarecedora, orientadora, preparatória, instrutória, etc. Congratulations !

    • Adriana Pasello

      Hugo, agradeço muitíssimo seu comentário. Você mencionou um aspecto dos textos que eu busco permanentemente: o bom humor! Comentários como os seus são um combustível de primeira para continuar na estrada. Valeu! Thanks!

  3. Pâmella

    A-d-o-r-e-i este artigo!

    • Adriana Pasello

      Obrigada Pâm. Tem previsão de embarque para os EUA?! bjo

  4. Excelentes dicas! Aqui a gente ama essa praticidade de carregar pra casa o que sobrou! Já vencemos a vergonha e sobra do jantar vira almoço algum outro dia.
    Uma coisa que a gente demorou pra pegar o jeito é que eles mal te entregam o cardápio já querem saber o que você vai beber. Acho graça da eficiência no atendimento. É tanta que as vezes a gente se sente meio sendo empurrado… Senta, pede, come, paga e vaza… tudo em 30 minutos ou menos de preferência…. hahahaha

    • Adriana Pasello

      hahahaha Bem isso, Simone. O negócio é rápido mesmo. Também adoramos levar embora o que sobrou, até porque ultimamente nós sempre estamos hospedados em lugares com microondas. Agora, sobre a bebida… eu já respondo um “water, please” para deixar os atendentes menos estressados. kkkk

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